Um dos principais responsáveis pelo sucesso recente do Al-Ittihad, clube que defende como profissional desde 2001 e pelo qual foi bicampeão asiático (2004 e 2005), Mabrouk Zaid teve sua boa fase coroada com a posição de titular da seleção da Arábia Saudita na Copa do Mundo de 2006, superando o lendário Mohammed Al-Deayea, recordista em número de jogos internacionais que ficou na reserva na Alemanha. Recuperado de contusão que ameaçou sua presença como titular, Zaid conseguiu convencer o então técnico Marcos Paquetá que poderia dar continuidade às exibições que o tornaram o substituto natural de Al-Deayea. Ainda como uma jovem revelação, Zaid foi convocado para a Copa do Mundo de 2002, mas assistiu do banco de reservas à péssima campanha da equipe saudita, eliminada na primeira fase com três derrotas, 12 gols contra e nenhum a favor. O fracasso, no entanto, beneficiou Zaid, que virou titular após o torneio. Com reflexos apurados e uma frieza que transmite segurança aos defensores, ele logo fez críticos e torcedores esquecerem o seu antecessor. Mesmo assim, Zaid não gosta de ser comparado a Al-Deayea, a quem considera, além de ídolo, um verdadeiro mentor de sua carreira. Uma contusão o tirou da Copa Asiática de 2004. Coincidência ou não, a Arábia Saudita caiu logo na primeira fase. No mesmo ano, com Zaid no gol, o time foi campeão da Copa do Golfo, sofrendo apenas dois gols em seis partidas. O bom desempenho na seleção era um reflexo do sucesso no clube. Campeão saudita do ano anterior, o Al-Ittihad jogou a Liga dos Campeões Asiáticos de 2004 e levou o título após derrotar o Seongham Ilhwa Chunma, da Coréia do Sul, na decisão. Mas o melhor ainda estava por vir. Em grande fase, Zaid levou apenas dois gols em 12 jogos e levou o time novamente à final do torneio continental no ano seguinte. No primeiro jogo da decisão contra o Al-Ain, o goleiro foi o melhor jogador em campo, garantindo o precioso empate por 1 a 1. Na volta, o Al-Ittihad goleou por 4 a 2 e conquistou o bi, carimbando também o seu passaporte para o Mundial de Clubes da Fifa, em dezembro, no Japão. O time saudita passou pela primeira fase ao derrotar o Al Ahly, do Egito, por 1 a 0. Na semifinal contra o São Paulo, porém, prevaleceu a experiência e a técnica dos brasileiros, que venceram por 3 a 2. O Al-Ittihad foi então para a disputa de terceiro lugar e acabou perdendo para o Deportivo Saprissa, da Costa Rica, também por 3 a 2. Ainda em 2005, Zaid esteve presente em todos os jogos da Arábia Saudita na segunda fase das eliminatórias para a Copa do Mundo da Alemanha. Ele sofreu apenas um gol em seis partidas e foi decisivo para a classificação invicta de seu país, que ficou à frente da Coréia do Sul, semifinalista no Mundial anterior.
